terça-feira, setembro 25, 2007

Aquecimento global: moda ou prioridade?

É incrível como desde que foi lançado o documentário de Al Gore, "Uma Verdade Inconveniente", o termo "aquecimento global" tem aparecido constantemente, ora na mídia, ora em estudos científicos.
Segundo uma pesquisa realizada pela BBC, noticiada ontem pela Agência EFE, 79% dos entrevistados crêem que a responsabilidade maior pelos problemas ambientais recai sobre o homem. Cerca de 73% acreditam serem necessárias medidas de contenção na emissão de gases poluentes, por intermédio de um acordo internacional. A pesquisa foi realizada em 21 países (mais detalhes ver na matéria http://br.noticias.yahoo.com/s/25092007/40/saude-maioria-da-popula-mundial-culpa-homem-pela-mudan-climatica.html).
A questão é a seguinte: será o aquecimento global um tema da moda ou se trata de uma real preocupação da sociedade internacional? Há quinze anos, quando houve o evento ECO-1992 no Rio de Janeiro, surgiu uma onda de conscientização a respeito da depredação do meio ambiente, refletida em matérias na mídia, trabalhos acadêmicos e até na introdução deste assunto na pauta das conversas cotidianas entre as pessoas. Porém, esta onda foi praticamente uma "marola", pois pouco se fez até então.
Não obstante, este evento foi extremamente importante para a instituição do Protocolo de Quioto, no Japão, em 1997 (5 anos depois). Este protocolo entrou em vigor em fevereiro de 2005 (7 anos depois da abertura para assinaturas em março de 1998).
O documentário de Al Gore é de final de 2006 e o que mais impressiona, além de ter sido fruto do trabalho de contínuas palestras proferidas por um ex-vice-presidente dos EUA (um dos poucos que não assinou o Protocolo de Quioto), é a sua repercussão em igual nível (quiçá até superior) da ECO-92 ou do Protocolo.
Eu creio que desde 2005, o meio ambiente tem sido retratado em consonância com a sua real importância, todavia, suspeito da efemeridade das ações em prol do mesmo. Não é só a Amazônia que está a perigo e creio que aqueles políticos que tiverem projetos e dedicação a esse tema, devam ser os nossos prediletos em todas as eleições que seguirem. Pois daqui há um tempo difícil de precisar, pode ser que tratemos do meio ambiente não por modismo, mas sim por pura necessidade. Inclusive, podemos ser obrigados a mudar inclusive de sistema econômico, que ao invés de priorizar o social ou o capital (lucro), dará única prioridade à questão ambiental.

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